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RS520, o tudo-em-um da ROSE

RS520, o tudo-em-um da ROSE

Leonel Garcia Marques

20 fevereiro 2023

Quem disse que não se pode agradar a Gregos e Troianos?


Audição


A facilidade de ligação foi surpreendente, especialmente quando liguei à rede por cabo. A Rose Connect funciona muito bem, o Roon também, mas a facilidade de seleccionar fontes ou fazer equalizações pelo ecrã táctil é a cereja em cima do bolo.
Liguei o RS520 apenas às minhas colunas B&W705 SE, ao leitor de SACD Atoll SACD200, a partir de uma ligação S/FDIF Toslink, e ao servidor WDmycloudex4100 a partir da rede doméstica por cabo e Powerline.
Em geral, posso dizer que fiquei rendido à fluência de comutação entre fontes, indo do meu servidor para o leitor de CDs ou para um serviço da Internet com total facilidade. É como se estivesse tudo num único servidor ali à mão de semear. Quanto ao som, o RS520 mostrou ser um gigante gentil com potência para dar e vender e suave musicalidade, com excelente separação de sons e apreciável palco sonoro.

RS520_Front-Side_Black_02

Mas passemos ao detalhe.
Na música clássica, Valer Sabadus e os Spark apresentam uma mistura de estilos e compositores indo de Vivaldi, Shumann e Satie a Barry Manilow, Lucio Dara e Léo Ferré. A voz de contratenor de Sabadus é um portento e o programa emerge, surpreendentemente, com uma total coerência. O RS520 revela excelente transparência e uma localização muito precisa dos músicos no palco sonoro. E revela sobretudo um controlo total nas gamas extremas dos agudos de Sabadus. Depois tomemos como exemplo, o caso da soprano Julie Fuchs e a Orquestra de Balthasar-Neumann interpretando grande árias de Mozart. Enquanto os Spark constituem um pequeno agrupamento, a Orquestra de Balthasar-Neumann é uma orquestra com mais de três dezenas de músicos. Se o desafio à sensibilidade dos agudos se mantém, a reprodução da orquestra apresenta outros desafios. Aqui é o controlo sobre as grandes massas sonoras que se confirma, agora acompanhado de uma grande precisão nos ataques das várias secções, de uma excelente discriminação dos variados timbres da orquestra e da sua colocação espacial magnífica. Grande desempenho.


Playlist



Valar Sabadus & Spark – Closer to Paradise – CD Berlin Classics
Julie Fuchs & Balthasar-Neumann Orchestra (dir. T. Hengelbrock) – Amadè – CD Sony
Paula West – Temptations – Qobuz 16 bit /44,1 kHz
Dexter Gordon Quartet – Live at Montmartre 1964 – Native DSD Download DSD512
Alela Diane – Cusp – CD Allpoints
Buddy Guy – The Blues Don’t Lie – Qobuz 24 bit/44.1 kHz



No jazz, temos a voz potente de Paula West, cheia de experiência, emoção e calor. O desempenho do RS520 foi muito bom, recriando o ambiente sonoro íntimo, nocturno e emotivo, sem desperdiçar nenhum do grão da voz de West, não apagando nenhuma chama que as palavras cantadas por West ateiam. De salientar também, a riqueza na reprodução do timbre dos sopros. O caso de Dexter Gordon numa gravação de altíssima resolução é outro teste. O RS520 (através do seu DAC ESS Sabre) deu conta do recado sem interrupções ou soluços, mas com todo o detalhe e toda a precisão na colocação espacial dos instrumentos que o formato permite.
Na folk / blues temos primeiro a referência acústica de Alela Diane, na sua mais recente gravação. Uma cantora que sabe preservar a tradição da folk americana com uma certa crueza, mas muita verdade. O RS520 soube transmitir parte dessa crueza e muito dessa verdade. Quase como se tivéssemos numa pequena sala, ao calor da lareira, a ouvir uma amiga nossa a cantar, acompanhada com um mínimo de instrumentação. Mas nesse caso, a amiga é Alela Diane e a noite torna-se eterna. Finalmente, os grandes blues, uma referência de Chicago e da sua electricidade, Buddy Guy. Tudo aqui é força, mas também desgosto, remorso, mas também embalo. O RS520 saiu-se muito bem na reprodução do som ácido e a distorção desejável das guitarras e da voz potente de Guy mas sem estridências.

RS520_Top_Black

Conclusão


O RS520 é uma grande aposta. Junta o melhor amplificador da marca (RA180) e o melhor streamer / DAC (RS150). E fá-lo cortando o tamanho e o preço para metade, mas mantendo a qualidade de ambos os componentes. Claro que podemos encontrar desempenhos melhores, mais subtis e mais musicais noutros equipamentos, mas só numa gama muito superior de preço.
O RS520 agradará a uns pela economia no equipamento que possibilita e na sua imensa capacidade de reproduzir música imaterializada, qualquer que seja o serviço da Net, o protocolo de streaming ou o formato digital e a resolução dos ficheiros áudio. A outros porque se mostra um excelente amplificador ao seu nível de preço e pela grande facilidade disponibilizada em termos da sua instalação e utilização. O acordo entre gregos e troianos? Já estivemos mais longe disso,
Diria para concluir que, em termos de todos-em-um, e para mim, o RS520 passa a ser a referência que a concorrência quererá ultrapassar.


Amplificador integrado / streamer /DAC Rose RS520
Preço   3.699,00 €
Distribuidor Ajasom