Munique 2025, um show tripartido – parte 1

Jorge Gonçalves

29 maio 2025

A suave saudade de uma despedida, amenizada com muitos bons sons

Encontrar Peter Qvortrup é sempre um acontecimento muito especial e é difícil conseguir acabar as conversas porque Peter é uma das pessoas que mais sabe sobre electrónica, principalmente sobre válvulas e componentes a elas ligados. Ficámos durante um longo tempo a falar sobre tantas coisas de que ambos gostamos muito e ficou já agendado um encontro em Inglaterra. See you soon, Peter.

Os gira-discos da KLAUDIO estavam presentes em diversos sistemas em demonstração. O Magnezar tem um prato de 20 kg que flutua através da força magnética, sendo accionado por meio de um motor direct drive. Mas um dos aspectos mais interessante é a presença de um anel que rodeia todo o prato e que se desloca para fazer pressão sobre a periferia de disco assim que este começa a rodar, funcionando como um «clamping» quase perfeito.

A Onkyo está de volta, agora sobre a tutela da Klipsch. Como exemplos dos novos produtos da linha Icon a serem lançados temos aqui o amplificador de potência M-80 (150 W por canal sobre 8 ohm) e o prévio P-80. O design é compatível com os produtos mais recentes da marca nas sua gama de topo Integra e mostrou ser bastante consensual entre quem teve oportunidade de os ver.

Esta foi talvez a oportunidade em que ouvi um par de colunas Revival a tocar melhor. A electrónica da Electrocompaniet por um lado controlou muito bem as Atalante 7 Évo e por outro deu-lhes uma vivacidade e um impacte nos graves a que não estava habituado.

As Marten Coltrane Supreme Extreme estavam em exposição estática no Hall superior do pavilhão 4. Cada uma tem duas imponentes torres, uma das quais utiliza o altifalante com o maior cone de berílio alguma vez fabricado. As caixas têm uma estrutura mono coque e são fabricadas a partir de fibra de carbono. Cada par leva 800 horas de trabalho a ser construído e o preço está em conformidade – quase um milhão de euros!