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DCS Bartók 2.0, quem precisa de mais?

DCS Bartók 2.0, quem precisa de mais?

Jorge Gonçalves

21 agosto 2022

DAC / streamer/ prévio e amplificador de auscultadores (como opção)


Audições


O Bartók foi inserido no meu sistema de há já alguns anos formado pelo conjunto de electrónica Inspiration 1.0, da Constellation, tendo neste caso como fonte digital e renderer de MQA (descodificação completa) o Roon Nucleus Plus ligado à entrada USB2 do Bartók através de um cabo AudioQuest Carbon e, no domínio analógico, o gira-discos Basis com braço SME V Gold e cabeça Air Tight PC1 Supreme, ligado ao prévio Nagra Classic PHONO. As colunas eram as QUAD ESL63 Pro, e os cabos de interconexão e coluna eram predominantemente da gama Select, da Kimber. Na alimentação de sector pontuava a régua Vibex Granada Platinum à qual ligavam todos os equipamentos electrónicos em uso, com o Bartók a ser ligado através do cabo Tiglon TPL-2000A.
A rodagem do Bartók já tinha sido mais que feita na Imacustica mas isso não impediu que me dedicasse durante quase uma semana a explorar as diversas possibilidades de configuração do equipamento. Foi interessante, pude tirar um conjunto de indicações muito úteis e, a talhe de foice e apenas como sugestão, deixo então aqui a descriminação do conjunto de ajustes que acabei por achar como o que permitiu potenciar as excelentes qualidades desta bela máquina. Ei-los então:
Wordclock 2
Dual AES – Auto
USB – Class 2
DAC Mapper – MAP 2
Filter : Filter 3, embora alternando com o 2.
DSD Filter F1
Upsampling – DSD
Nível de saída fixo – 2V

A aplicação Mosaic funciona mesmo muito bem, com alternativas de movimentação intuitivas e acesso imediato aos diversos erviços de música, embora no meu caso tal não fosse importante porque o Roon Nucleus encarregou-se deste aspecto. Para ficar perfeita mesmo (para mim), deveria ter uma seta para andar para trás, como os browsers de Internet mas se até os engenheiros de software que desenvolvem o Android retiraram essa opção já há algumas versões e apenas disponibilizam uma alternativa, para mim estúpida, de movimentação entre janelas de browser, quem sou eu para criticar?

Bartok 1

O som do Bartók é realmente algo de magnificente: pensem num enorme fluidez e transparência, combinada com uma tridimensionalidade do tamanho de um estádio de futebol e uma beleza tímbrica linda de morrer e ficarão com uma ideia do que quero dizer.
Começo por mencionar Pat Matheney em Alfie (On what is all about): lindo de morrer o som da guitarra e sentido rítmico que nos faz não só bater o pé como sentir todo o corpo disponível para «bailar» ao ritmo da música. E isto a «apenas» 44,1 kHz, FLAC, MQA! Outro destaque que aqui deixo teve lugar quando ouvi a guitarra de blues de Etta Baker em Railroad Bill, com o Bartók a criar uma imagem quase perfeita em termos tridimensionais da guitarra, com uma grande clarividência nos som das cordas a serem percutidas e da ressonância ligeiramente escura da caixa de madeira. Esta notável resolução tímbrica foi evidente quer quando eu estava a meio da sala quer quando me sentei cá mais atrás, no meu assento favorito. E que dizer da frenética abertura da abertura do Carnaval, de Dvorák, com os tímbales, as cordas e os instrumentos de sopro a entrelaçarem-se numa estrutura melódica viva e envolvente, embora mantendo sempre entre si uma destrinça que os tornava videntes quase um a um.

28768_dCS Bartók (silver)

E termino com Khatia Buniatishvili, uma pianista de que tomei conhecimento há poucos anos, a tocar as Sonatas de Liszt, consegue talvez uma das melhores interpretações da Liebestraum que já ouvi. Os silêncios aparecem com uma naturalidade desarmante, o romantismo de uma das peças mais conhecidas do compositor húngaro é de embevecer, as transições melódicas têm um timing absolutamente perfeito, com o Bartók a fazer jus à excelente gravação de 24 bit/96 kHz, MQA. Fiquei perfeitamente rendido à combinação de Liszt com Bartók, e nunca poderei esquecer que foi Liszt quem me conquistou para a música clássica…


Conclusão


A dCS fez um excelente trabalho no Bartók, substituindo o Debussy por um equipamento que estabelece um salto qualitativo marcante na sua gama de equipamentos digitais. Já ouvi todos os equipamentos da marca, nalguns casos em sistemas de níveis estratosféricos, mas a relação preço / qualidade deste Bartók, agora na versão 2.0, conquistou-me totalmente, diria mesmo que me arrebatou. Super recomendado e a ser ouvido obrigatoriamente por quem gosta de música bem reproduzida.

DAC / streamer / prévio dCS Bartók 2.0


Preço:                        18 900,00 €
Representante: Imacustica – Telef.: 216063393 / 225 194 180
Web: https://www.imacustica.pt/pt/