Banner LG Evo_Julho 23
Banner Sarte_Wiim_Fever 24
Banner Imacustica Julho 22
Exaudio Jun 23
Banner vertical Ultimate Fever 24
Banner Imacustica Julho 22
Banner horiz Ultimate Fever 24

Mola Mola Tambaqui

Mola Mola Tambaqui

Leonel G. Marques

5 maio 2022

Um Peixe Único no Oceano da Alta-Fidelidade


Confusing semantics and engineering is just another way of spelling “hi-fi.”

Bruno Putzeys

Talvez o nome Bruno Putzeys não seja familiar, mas muitos audiófilos já beneficiaram das suas inovações. Putzeys desenhou o circuito UcD para a Philips, e depois o módulo de amplificação NCore Class D, para a holandesa Hypex Electronics. Este módulo inovador é usado nos amplificadores da ATI, da Marantz, do Jeff Rowland e do Bel Canto, só para mencionar os mais óbvios. Com a invenção do UcD e do Ncore, Bruno Putzeys é provavelmente o responsável por transformar a amplificação de classe D, de uma arquitectura considerada inferior numa outra a considerar seriamente na construção de amplificadores de áudio topo de gama. E, já agora, porque sei que a difusão desta informação agradaria a Bruno Putzeys (ver a citação acima), informo que o D de classe D, não é D de digital, e sim a letra que se segue ao “C”, e que as várias classes de amplificação A, B, C e D são analógicas.

Mas este teste não é sobre amplificadores, ele incide sobre o prestigiado DAC Tambaqui da Mola Mola.

Descrição


O Tambaqui tem um formato e uma aparência pouco ortodoxos. Pesa 5,2 kg e tem como dimensões 110 mm de altura, 200 mm de largura e 320 mm de profundidade. É plano na parte de trás, nos lados e no fundo. A placa do painel frontal é, pelo contrário, côncava, de cima para baixo. A parte de cima possui elevações arredondadas, como uma onda, que primeiro se erguem em direcção à parte traseira, mas que depois descem e sobem – a desenharem o ciclo completo de uma onda do mar. Este formato ondulado, segundo o fabricante, ajuda a mitigar as ressonâncias induzidas por vibrações.

Mola_Mola_studio-32

A placa curva do painel de rosto é sóbria e minimalista; apenas quatro pequenos botões predefinidos para quatro fontes possíveis, disposto em linha, cada um com um LED branco circundante que acende quando a entrada é seleccionada, tendo no centro um mostrador LED redondo de 40 mm de diâmetro – quando se liga aparece o logo da marca, um desenho do peixe que lhe dá o nome –, tendo um pequeno LED indicador da ligação da alimentação acima dele.
O espaço é bem aproveitado no painel traseiro, onde se posicionam as ligações em duas filas. A partir da parte superior, da direita para a esquerda, existem duas saídas para auscultadores, uma por jack de 6,3 mm e outra balanceada por XLR de 4 pinos, seguidas pelas saídas balanceadas XLR, duas outras saídas de trigger (jack de 3,5 mm), seguidas pela entrada IEC para a tensão do sector. Na outra linha, temos uma saída HDMI I2S, uma entrada Ethernet RJ45 (Roon Ready), uma S/PDIF coaxial, outra XLR AES/EBU, uma óptica Toslink, e uma USB tipo B para actualizações de firmware e segurança USB.

Mola_Mola_studio-52

O coração do DAC Tambaqui surgiu primeiro apenas como um par de placas integradas num outro equipamento da marca, originalmente disponível para uso no pré-amplificador Makua. O Tambaqui é o primeiro DAC dedicado usando esta arquitetura, através da qual qualquer sinal digital de entrada sofre uma sobreamostragem na primeira placa para 3.125MHz/32 bit e é convertido para o formato PWM (Pulse Width Modulator). Na segunda placa encontram-se dois DACs mono, nos quais um chip FIR de 32 andares discretos e um filtro de 4ª ordem de fase única convertem o PWM num sinal analógico contínuo, exibindo uma fantástica relação sinal/ruído de 130 dB. De acordo com o Mola Mola, esta relação situa-se perto do limite teórico para ficheiros de 24 bits e muito além daquilo que se consegue nos DSD de velocidade quádrupla. Note-se que os DACs PWM tiveram durante algum tempo uma reputação não muito favorável (tal como os amplificadores classe D) e só eram praticamente aplicados em módulos que não estavam equipados com um chip dedicado de DAC. Aqui uma vez mais Putzeys a resgatar soluções de menor nota e a reinventá-las para o mundo audiófilo.

A versão do Tambaqui que me coube em sorte incluía um módulo de streaming controlável apenas por Roon (o Mola Mola tem uma App mas só para controlo remoto). Mas o Tambaqui também vem com um pequeno controlo remoto físico que permite o controlo das principais funções.
O Tambaqui processa ficheiros PCM até 384 kHz/32 bit (acima de 192kHz e 24 bit, só via USB e Roon), DoP e DSD nativo até à velocidade DSD quádrupla (também só em USB e Roon).

e2003e45b6b9318429de68d70adc96cc

» Próxima página (Página 2 - 2/2)

Ajasom marcas 25-02-23
Marantz Stereo 70s_Set 23

Conteúdo

  • Mola Mola Tambaqui Leonel G. Marques
  • Página 2

Outros conteúdos

Banner TCL Out 23
B&W Diamond Jan 2022
Marantz 70 anos