Banner LG Evo_Julho 23
Banner Sarte_Wiim_Fever 24
Banner Imacustica Julho 22
Exaudio Jun 23
Banner vertical Ultimate Fever 24
Banner Imacustica Julho 22
Banner horiz Ultimate Fever 24

Filhos do Sol – Parte 1

Filhos do Sol – Parte 1

8 fevereiro 2024

A luz que ilumina a música


As perguntas são agora óbvias:
1- Consegue-se ouvir música sempre, a qualquer hora do dia e sem limitações?
2- A qualidade de reprodução melhorou?
Comecemos por aquela questão: grosso modo, estão disponíveis quatro caminhos para alimentar o sistema:
- Totalmente solar; a energia é produzida e gasta.
- Solar + bateria; a energia é produzida, armazenada e gasta.
- Totalmente bateria; a energia armazenada é gasta.
+ - Solar + fornecimento tradicional; este fornecimento supre as necessidades daquela. 
Nas palavras de quem tomou a iniciativa e suportou os custos:
- “Luís, qual é a composição do seu sistema de alimentação solar?

Foto 1- Filhos do Sol 1

O sistema é composto por duas baterias estacionárias, usadas especialmente para este tipo de tecnologias: pouco débito, mas contínuo, como nos datacenter ou nos submarinos; 2 X 6 V em série para se obter 12 V com um débito máximo de 600 Amperes,  podendo utilizar-se em média algo como 2 kW. Porque são baterias de chumbo e pesadas, mas poderiam ser de lítio, mais leves. A produção máxima diária de energia é de 2.5 kWh, para1 kWh em média por dia.
- O sistema apresenta alguma limitação no seu funcionamento?
Estas baterias têm alguma dificuldade em suprir fortes picos de corrente. Pelo menos com a velocidade necessária. São baterias preparadas para a linearidade do débito de corrente, para alimentar equipamentos tecnológicos. O som tem exigências altas de disponibilidade imediata de corrente. Por isso, utilizei um supercondensador, o qual tem alta disponibilidade para suprir qualquer pico.
Basicamente, é um sistema parecido com o dos automóveis, mas em vez de alternador para carregar as baterias, tem os painéis solares. Não foi usado aqui qualquer equipamento de rectificação de corrente alterna para contínua. Existe apenas um conversor / estabilizador de forma a subir a tensão para 60 V, valor necessário para alimentar os oito amplificadores de potência de 100 W cada, quatro para cada coluna, controlados por um DSP programável, onde se podem desenhar os cortes e filtros para cada altifalante das colunas.

- O sistema pode tocar 100% a energia solar?
O sistema está apto a ficar 100% isolado da rede eléctrica e a tocar com a energia gerada.
- O sistema consegue alterar automaticamente a fonte?
Sim, a prioridade é para a produção solar através dos painéis. Se não chegar, ele supre o resto; ou na totalidade, com as baterias. E ainda pode vir a comutar para o fornecedor externo, o que não é o meu caso, pois tenho armazenagem suficiente para um dia inteiro. No mínimo!
- Qual foi o custo do sistema?
Nem sei bem… A ideia inicial passava por atingir uma boa relação preço / qualidade. Gastar ali por volta dos 1 000 euros e atingir o melhor resultado possível. Um som “de nível superior ao electrodoméstico”… No processo, descobri que tal não era possível e o orçamento rapidamente dobrou. Tendo algum cuidado com a estética (30% do valor final), a sucessão de “tentativa / erro” elevou o custo final para uns 3 000 euros (os painéis e as baterias servem também para outros propósitos)”.

Foto 2- Filhos do Sol 1

Já quanto à qualidade de reprodução, a primeira pista foi gentilmente fornecida pelo… frigorífico. O Luís também ligou o dito às baterias e notou que passou a fazer metade do ruído mecânico. Mas a análise mais pormenorizada ficará para a segunda parte deste jogo… electrizante.