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Tudo sobre ficheiros digitais de áudio

Tudo sobre ficheiros digitais de áudio

Miguel Marques

16 setembro 2023

Guia de introdução ao áudio digital


Eram tempos mais simples, os do CD e do Vinilo. Bastava ter um leitor de CDs ou um gira-discos e punha-se a tocar – mas, no áudio digital, as coisas são bastante mais complicadas e a confusão instala-se com facilidade. Mas, se conseguir um bom setup, é maravilhoso ter uma colecção inteira de música à disposição de um clique. Esperemos que este guia ajude um pouco a simplificar as coisas.

O áudio digital pode ser consumido de duas formas: streaming ou reprodução de ficheiros (ripados de um CD ou downloads de um dos muitos serviços online).

Streaming

Nos últimos anos popularizaram-se os serviços de streaming de música à disposição dos amantes de música, muitos deles felizmente já sem perdas (leia-se, no mínimo, qualidade de CD – 16 bit/44.1 kHz). Segue aqui uma breve lista dos mesmos (nota: os preços apresentados são para planos individuais, mas quase todos os serviços apresentam versão família e estudante, que aqui não serão mencionados para simplificar a comparação).

Spotify-Tops-The-Audio-Streaming-Chart

a) Spotify. Talvez o mais famoso de todos, é de muito longe o maior (mais de 180 milhões de utilizadores) e um dos primeiros a surgir no mercado, e tem para os audiófilos a suprema desvantagem de não ser sem perdas (lossless), com uma qualidade máxima próxima de um bom MP3 mas ainda abaixo da de um CD. Está prometida há muito uma versão Spotify HIFI, com todos ficheiros disponíveis com qualidade de CD, mas até ao momento ainda não apareceu. Como vantagens tem um catálogo de 80 milhões de músicas (e também muitos podcasts) e o protocolo Spotify Connect, para além de uma interface muito boa e de uma versão livre de custos (mas com bastante publicidade). O custo actual é de 7,99 € por mês por um plano individual sem publicidade.

https://open.spotify.com/

Apple Music

b) Apple Music. Sucessora do semi-defunto iTunes, tem neste momento cerca de 80 milhões de utilizadores e é totalmente sem perdas, tendo também muitos ficheiros em formato Dolby Atmos, para quem gosta de spatial audio. Infelizmente, como é comum nos produtos Apple, não funciona sempre bem fora do seu ambiente nativo (imac, ipad, iphone) e não é sem perdas em ambiente Windows, embora o seja em ambiente Android (o Android tem no entanto também algumas limitações, ver em baixo). Com um catálogo gigantesco de mais de 100 milhões de músicas e uma interface muito bonita, o custo actual é de 7,49 € por mês por um plano individual.

https://www.apple.com/pt/apple-music/


mazon Music

c) Amazon Music. Com 80 milhões de subscritores, e um catálogo de 100 milhões de música, conta agora com a incorporação de todo o catálogo HD no preço normal. É possível subscrever em Portugal este serviço, mas aconselha-se a frequência do Instituto Cervantes primeiro (a amazon.es é a que funciona para Portugal, por razões inexplicáveis).
https://music.amazon.com/EU/unlimited

Tidal

d) Tidal. Um dos serviços mais famosos no circuito da alta-fidelidade, a par do Qobuz (próxima nota), é já muito menor comparado com os anteriores, com 5 milhões de utilizadores mas com um catálogo também muito extenso, de cerca de 100 milhões de faixas de música. Após ter passado por várias iterações, neste momento oferece o serviço HiFi (teoricamente, qualidade de CD, por 7,49 €) e HiFi Plus ((13,99 €, e que, segundo o próprio site do serviço, inclui “HiRes FLAC, Dolby Atmos, Sony 360 Reality Audio, FLAC, Master Quality Authenticated (MQA)”. Começam aqui alguns dos problemas deste serviço e de uma (histórica) falta de clareza: quanto à qualidade de CD, muitos discos mais desconhecidos aparecem apenas em qualidade low (AAC lossy), o que não é qualidade de CD. E, na parte de alta resolução, reina a confusão entre formatos, e infelizmente entre eles o (justamente) controverso MQA (ver link em baixo). Neste momento, o Tidal promete usar apenas FLAC, mas o histórico não joga a seu favor - a seu favor joga no entanto o sistema Connect, que funciona na perfeição e excelentes Apps em ambiente Android e Windows.

https://goldensound.audio/2021/11/29/tidal-hifi-is-not-lossless/

https://tidal.com/

qobuz

e) Qobuz. Criado originalmente por músicos franceses, chegou a Portugal há pouco mais de um ano e serve ficheiros FLAC, ponto. Com um número de utilizadores reduzido (200 000), o catálogo conta também com mais de 100 milhões de músicas, dos quais cerca de 240 000 em alta resolução, embora alguns destes ficheiros padeçam do mesmo mal que os da Amazon Music (supõe-se que o número vá aumentando, com tantos discos a serem lançados nestes formatos semanalmente). O plano Studio custa 8,99 € por mês e não existe ainda Qobuz Connect, mas prometem (desde 2021) para breve. Se chegar, será provavelmente a melhor opção para amantes da alta-fidelidade, embora as Apps estejam bastante abaixo da concorrência e alguns discos não toquem em modo gapless, mesmo usando a App nativa - o que é deveras estranho.

https://www.qobuz.com/

Deezer_logo.

f) Deezer Premium. Talvez menos conhecido em Portugal (onde não existe verão grátis), conta, no entanto, com cerca de 12 milhões de subscritores e 90 milhões de músicas e integrou também recentemente a opção sem perdas. Depois de alguma controvérsia, parece ser sem perdas com todos os sistemas operativos e custa 10,99 €.

https://www.deezer.com/

YouTube-Music-Logo

g) YouTube Music. Não é sem perdas, com mais de 80 milhões de músicas, custa 6,99 € e tem como grande funcionalidade a possibilidade de ver vídeos de YouTube sem publicidade. Só isso provavelmente justifica o preço mensal.

https://www.youtube.com/musicpremium

É muito difícil fazer comparações entre todos estes serviços e dizer se algum soa “melhor” - sendo que alguns até se comportam de maneira diferente conforme o sistema operativo. Uma excelente premissa de qualquer serviço de streaming é entregar a qualidade que promete - se tiver um DAC ou streamer que indique o sample rate (muita poucos produtos indicam bit depth) no visor é sempre útil verificar. Confirmando que a qualidade do streaming é a devida, se for possível, desligue todos os ajustes de DSP, como normalização de volume, e ponha a qualidade em máxima ou uma configuração parecida (a terminologia varia de serviço para serviço). Feito isto, pode sempre haver limitações pós-streaming, que irei abordar na secção de protocolos. Segue aqui um link onde é explicado porque é que nem todos os serviços de streaming são sem perdas:

https://www.youtube.com/watch?v=GyUVF5Lcz-0


Aliás, vale muito a pena seguir os vídeos reunidos sob a designação Golden Sound:

https://www.youtube.com/@GoldenSound


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